Gênios e gurus do mundo corporativo vão e vem a cada estação, sempre com um sistema messiânico que promete novos “valores” e “visões” para o sucesso. E o início desse século teve o seu: o libanês-brasileiro Carlos Ghosn, que salvou Renault e Nissan da falência. Muito bem pago e intocável teve ascensão meteórica na escada corporativa, baseada em abordagem de gestão multiculturalista. Mas, no chão de fábrica, a receita é a de sempre: corte de custo e demissões em massa. O documentário Netflix “CEO em Fuga: A História de Carlos Ghosn” (2022) descreve como essa ascensão terminou numa fuga cinematográfica do Japão após ser preso em um escândalo financeiro: dentro de uma caixa de instrumentos musicais, direto para o aeroporto. “CEO em Fuga” revela como o mundo corporativo está cada vez mais parecido com uma seita.